Psoríase no couro cabeludo: como tratar e prevenir?

Postado em: 02/10/2023

A Psoríase é uma condição crônica que gera um ciclo acelerado das células da pele, levando ao acúmulo de células em diferentes partes do corpo. Essas células em excesso formam manchas vermelhas, grossas, com escamas, que podem coçar, rachar e sangrar.

Estima-se que 125 milhões de pessoas, o equivalente a 2 a 3% da população mundial, tenham psoríase.

A psoríase no couro cabeludo é uma condição relativamente comum. O tratamento da psoríase varia de acordo com a sua gravidade e localização. Geralmente, os tratamentos para a psoríase no pescoço e no rosto são mais suaves do que os tratamentos usados em outras partes do corpo, como a cabeça.

Psoríase no couro cabeludo

Sintomas da psoríase no couro cabeludo

A psoríase no couro cabeludo é uma forma de psoríase em placas, caracterizada por manchas escamosas vermelhas ou arroxeadas. A psoríase em placas é o tipo mais comum da condição e pode afetar qualquer parte do corpo. Esta variante pode se disseminar, levando ao aparecimento de pequenas escamas brancas ou amarelas na: 

  • Linha do cabelo;
  • Testa;
  • Parte de trás do pescoço;
  • Parte de trás das orelhas;
  • Todo o couro cabeludo;

Além disso, pode causar:

  • Sensação de coceira;
  • Sensação de queimação;
  • Dor;
  • Ressecamento;
  • Sangramento.

A perda de cabelos na região afetada não é comum, mas pode acontecer, dependendo da manipulação do local e intensidade da inflamação. Essa perda é temporária, voltando a crescer cabelos, após a resolução da crise.

Causas

A psoríase não tem uma única razão específica, mas ocorre por uma combinação de fatores internos, como o desequilíbrio do sistema imunológico, e fatores externos, como medicamentos, vacinas, infecções, estilo de vida e estresse. Alguns antígenos que vem do ambiente externo estimulam as células do sistema imunológico, levando à inflamação, que resulta em aceleração do ciclo das células da pele, tornando sua produção maior do que a capacidade do corpo de eliminá-las. Como resultado, as células se acumulam, formando placas brancas espessas na pele.

A psoríase no couro cabeludo pode ter predisposição genética, sendo observada em famílias. Diversos genes têm sido associados à psoríase, e frequentemente, um indivíduo com psoríase têm familiares com a mesma doença.

Outros fatores externos podem influenciar no aparecimento da psoríase são: traumas (machucados) na pele, queimaduras solares, uso de certos medicamentos, álcool e tabagismo. 

Diagnóstico

Não existem testes laboratoriais definitivos ou exames de imagem necessários para o diagnóstico da psoríase da pele. O diagnóstico é realizado por meio da avaliação dos sintomas e história do paciente. 

Se houver dúvidas quanto ao diagnóstico, ao observar a pele e história do paciente, um dermatologista pode fazer uma biópsia de pele no consultório para enviar ao laboratório e colaborar para a investigação. 

Tratamento

Embora não haja cura para a psoríase do couro cabeludo, hoje em dia, existem tratamentos excelentes, que melhoram 90 a 100% das lesões, com baixo risco de evento adverso. 

Os tratamentos para psoríase, de acordo com o Consenso Brasileiro de Psoríase de 2020 da Sociedade Brasileira de Dermatologia são:

  • Cremes e soluções tópicas;
  • Fototerapia;
  • Medicamentos orais: Metotrexato, Acitretina, Ciclosporina;
  • Medicamentos injetáveis: Imunobiológicos.

O tratamento para os casos leves deve ser feito com medicamentos tópicos. Quando não foi possível atingir melhora com as pomadas tópicas, ou para casos graves, que atingem mais de 10% da área do corpo, fototerapia, medicamentos orais ou imunobiológicos são recomendados. 

Sempre que houver falha ao medicamento (usou mas não funcionou), ou contraindicação (não pode usar), ou indisponibilidade (não é possível pegar a medicação no SUS ou não é possível comprar), o médico deve avançar para o próximo passo no tratamento para atingir o objetivo de melhora das lesões e da qualidade de vida do paciente. 

Se você está realizando tratamentos fora dessa lista citada, você provavelmente está fazendo um tratamento não recomendado e não reconhecido para Psoríase pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Consulte um médico especializado e atualizado sobre o tratamento da Psoríase. 

Prevenção

Embora a psoríase seja uma condição crônica, existem algumas medidas que podem ajudar a prevenir ou reduzir a frequência das lesões. Evitar o estresse, manter uma dieta saudável, manter o peso adequado e cuidar da higiene do couro cabeludo são passos essenciais. Além disso, é fundamental proteger a pele do couro cabeludo contra traumas, como ferimentos ou cortes.

Para obter orientação personalizada e cuidados de qualidade para a sua saúde dermatológica, marque uma consulta com a Dra. Karina Okita hoje mesmo. Ela é especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), líder técnica em projetos de Inovação em Dermatologia no Hospital Israelita Albert Einstein, e atua como colaboradora do Ambulatório de Dermatite Atópica, Psoríase e Hidradenite Supurativa na Policlínica da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC).

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