Como a dermatite atópica pode afetar a qualidade de vida?

Postado em: 29/04/2024

A Dermatite Atópica, chamada também de eczema atópico, é uma doença inflamatória crônica caracterizada por coceira intensa e lesões avermelhadas que podem cobrir mais da metade do corpo.

Muitas vezes subtratada, a condição pode impactar fortemente a vida das pessoas – e para muito além da sua saúde física.

O distúrbio é classificado como leve, moderado ou grave, com base nos sintomas, na extensão das erupções cutâneas e em quanto afeta a qualidade de vida do indivíduo. O intervalo entre as crises pode variar de meses a anos, embora alguns pacientes possam experimentar sinais permanentemente.

Essa doença não é contagiosa e tem origem hereditária, com cerca de 25% de risco para bebês com histórico familiar de dermatite atópica. A maioria dos casos se inicia na infância, com 60% das crianças se recuperando na adolescência. No entanto, alguns casos podem persistir, afetando até 10% dos adultos, com o pico entre 20 e 40 anos.

A chance de ter dermatite atópica também é maior se a pessoa tem rinite, asma ou alergia alimentar. 

dermatite atópica

Há diferença na pele negra?

A dermatite atópica afeta igualmente homens e mulheres, sem distinção de etnia, porém, as apresentações podem variar. Na pele negra, a tendência de uma lesão residual se tornar mais pigmentada é maior. Chamamos de hiperpigmentação pós-inflamatória. Portanto, é fundamental intensificar os cuidados com a hidratação e realizar o tratamento adequado para prevenir crises que possam resultar em coceira, feridas e lesões residuais.

O que costuma provocar e agravar crises?

  • Situações de estresse, como uma briga, ou mesmo emoções como ansiedade, por exemplo, podem desencadear ou intensificar uma crise.
  • Em calor ou frio extremos, a dermatite atópica pode se manifestar em qualquer época do ano. No verão, devido à maior sudorese, a coceira na pele pode aumentar. Por outro lado, no inverno, por conta do frio, a hidratação inadequada e os banhos muito quentes podem deixar a pele ainda mais ressecada.

Impactos durante o dia e noite

Com noites mal dormidas, o dia seguinte fica comprometido, levando a cansaço, irritabilidade e queda no desempenho escolar e profissional. Uma pesquisa realizada em 2018 pelo Instituto Ipsos com 199 pacientes adultos que sofriam de dermatite atópica moderada a grave revelou que, em média, eles faltaram ao trabalho cerca de 21 dias por ano, equivalente a um mês de trabalho. No caso dos adolescentes entre 14 e 17 anos, a média foi de 26 dias de aula perdidos por ano.

No caso de crianças, os pais e avós também são impactados devido aos cuidados noturnos com os filhos. A falta de sono que afeta os cuidadores pode ser comparada à vivenciada por familiares de crianças com convulsões. Os cuidadores enfrentam sentimentos de exaustão, frustração, desamparo e culpa, muitas vezes devido às dificuldades em fazer com que as crianças sigam o tratamento adequado.

Efeitos psicológicos

O diagnóstico de dermatite atópica pode fragilizar a saúde mental das pessoas. Aproximadamente 72% dos adultos relatam que sua aparência é negativamente afetada pela doença, e 67% afirmam que seu estado emocional é abalado por ela.

Já entre os responsáveis por crianças e adolescentes, 72% apontam que há sinais de que a saúde emocional de seus filhos sofre com a dermatite atópica, ao passo que 45% destacam o impacto na aparência física.

Nesse mesmo grupo de cuidadores, 69% concordam que o problema de saúde traz instabilidades emocionais aos pacientes infantojuvenis. Choro, irritação e sentimentos de depressão ou ansiedade são associados ao diagnóstico.

Mais da metade (55%) dos responsáveis por crianças e adolescentes relataram episódios de preconceito e bullying. Muitos desses jovens pacientes são alvos de brincadeira na escola em função da aparência de suas peles.

Não deixe a dermatite atópica afetar sua qualidade de vida. Marque uma consulta com a Dra. Karina Okita hoje mesmo e dê o primeiro passo em direção a uma pele mais saudável e uma vida melhor. Ela é especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), líder técnica em projetos de Inovação em Dermatologia no Hospital Israelita Albert Einstein. Atua como colaboradora do Ambulatório de Dermatite Atópica, Psoríase e Hidradenite Supurativa na Policlínica da UMC.

Entre em contato ainda hoje e conheça o Centro Dermatológico no Jardins.

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